quinta-feira, 20 de maio de 2010

Bolsa Copa


Como todos sabem, o grande assunto do ano é a copa, porém neste post não falarei da copa em si, mais sim de um projeto do nosso querido presidente, o auxilio copa, um projeto de lei, onde os campeões mundiais de 1958,1962 e 1970 irão receber um auxilio do governo.
O governo alega que nesse periodo o futebol não era uma profissão reconhecida, e por isso os jogadores não conseguiram ganhar dinheiro para se sustentar na posterioridade, e como eles são "herois nacionais" merecem isso da nação. Mas até onde isso é verdade?
Atualmente um jogador consegue jogar até seus 38, 40 anos de idade, mas muitos não largam o futebol, continuam trabalhando como dirigentes no clube, ou empresários de outros jogadores, podendo assim ter uma renda. Entretanto na década de 60 a carreira de um jogador durava bem menos, indo até seus 30 anos, sobrando muito tempo de sua "vida produtiva" para que ele pudesse exercer outras profissões e garantir sua aposentadoria como os outros brasileiros normais, e que com muito menos fama e apoio, fazem e fizeram muito mais pela nação que simplesmente jogar bola, e não recebem todo esse respaldo do governo.
É de conhecimento publico que os jogadores são ótimos esbanjadores, é comum ouvirmos histórias de ex-jogadores que durante a carreira gastaram com carros, festas, mulheres, e hoje não possuem uma casa própria, então porque deveríamos tirar o dinheiro de nossa previdência que deveria ser destinada aos trabalhadores da nação, para dar o teto de aposentadoria para esses jogadores? Esses deveriam ter direito ao piso, como todos os outros trabalhadores que não contribuíram para o INSS.

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Para o Youtube Tudo? Tudo!

Antes de começar este post, devo agradecer ao Leo e ao Vitor por me convidarem para essa experiência de escrever em um blog. Também dizer que, talvez pela falta de prática, meus textos acabem meio mecânicos, fora da linguagem usual que vemos em outros por ai. Mas valerá a pena se, pelo menos, alguns dos que nos derem o prazer de lerem nossos textos, pararem para refletir um pouco no que está escrito, por mais banal que seja o assunto, pois, caso contrario, o blog seria desnecessário. Vamos ao assunto de hoje.
O blogger definitivamente se tornou uma das maiores fontes de informação para a nossa geração internauta e, de certa forma, vem mudando o modo como as pessoas lêem e escrevem na rede. Mas como cada vez mais as pessoas estão com preguiça de ler, ou mesmo, pela desculpa esfarrapada oficial do século, estão “sem tempo” para tanto, acho que o youtube, que essa semana vem completando 5 anos de existência, vai acabar se sobrepondo como Mídia. Claro que as pessoas provavelmente não irão parar de escrever por causa dele, até por que, mensagens rápidas ou instantâneas são mais simples de se fazer escrevendo, vide o twitter, mas o que importa é que, o Youtube já é uma das mais importantes fontes de entretenimento audiovisual na Web. Para quem não vê a importância disso, fica ai uma dica: se informe melhor.
O youtube é um lugar para descobrir, assistir, enviar e compartilhar vídeos, assim diz o letreiro inicial do site, mas, se nós pararmos para pensar ele é bem mais que isso. No youtube ultimamente você pode se informar, aprender, se entreter, pesquisar sobre diversos assuntos que estejam em vídeos. Claro que ele possui, ainda, uma informalidade muito grande, uma falta de “controle” no que diz respeito a como aquilo que passa na pequena tela de streaming vai ser mostrado. Porém ao transmitir imagens de maneira gratuita, com relativa qualidade e de fácil acesso, o veiculo se torna um buraco negro supermassivo de informação. Você digita na área de pesquisa “Iraq war” e obtém links com trechos de reportagens, recentes muitas vezes, de diversos jornais televisivos ou da internet que tenham abordado o assunto, além de outras dezenas de imagens que estejam relacionadas a ele. E não para por ai, se você tem uma banda, além do myspace, é quase obrigatório que você tenha um canal próprio no youtube onde você possa publicar seus vídeos. Muitas bandas da nova geração, nacionais e internacionais, surgiram a partir do youtube, como por exemplo a nova febre entre os adolescentes brasileiros, a banda Restart.
Falando em Restart, o youtube, nesse cinco anos, ficou famoso por criar Hits da internet. A bola da vez é a cobertura não oficialmente publicada da tarde de autógrafos da banda, que acabou virando um show bizarro e cômico de lamurias, com direito a jargões intertextuais e tudo, de fans inconformados da agora ilustre “família” do grupo. Isso acaba mostrando que tudo pode ficar famoso no youtube, ou melhor quase tudo, pois é incrível como o Google, dono dos direitos do site desde 2005, vem conseguindo afastar a pornografia do site.
Vídeos engraçados, inusitados, momentos chave capturados por câmeras de televisão ou amadoras, noticias bombásticas, videoclipes, trailers de cinema, tutoriais (os de maquiagem são os mais famosos)... quase tudo está registrado para ser visto a qualquer momento do dia e da noite.
Mas, particularmente, o que surgiu de mais interessante com o youtube, foi a filosofia do “Do it yourself” ou faça você mesmo, inspirado pela fácil e democrática publicação. A parte da enorme quantidade de besteiras que vemos, coisas realmente criativas e especiais acabam saindo dali, um caso que sempre gosto de lembrar é o do curta metragem “Tapa na Pantera” de Esmir Filho, Mariana Bastos e Rafael Gomes. Mesmo que ele tenha entrado na internet sem a autorização dos autores, o vídeo, em questão de semanas teve mais de 235 mil de espectadores, o que na época da publicação(2006) foi um verdadeiro fenômeno.O sucesso do curta foi tanto que, de certa forma, acabou abrindo espaço para seus realizadores em campos maiores de atuação em seus trabalhos. Rafael Gomes e Esmir Filho foram dirigir a série ficcional e educativa do canal cultura chamado “Tudo que é sólido pode derreter”, que é transmitida desde 19 de abril de 2009, e segue com certo sucesso. Além disso Esmir também conseguiu dirigir seu primeiro longa metragem chamado “ Os Famosos e os Duendes da Morte” que teve sua estréia em circuito comercial neste ano.
Enrolações a parte, espero que você, que nunca tinha parado para pensar nisso, veja o youtube não apenas como o lugar onde você pode ver vídeos legais e engraçados, mas também como um meio oportuno de publicar algo seu. É isso que o canal de comemoração de cinco anos do site vem convidando as pessoas a fazer. Gravar videos sobre sua relação com o site .Para quem estiver interessado, aqui fica o link: www.youtube.com/fiveyear.

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Andy Warhol: a vida é uma obra de arte.

Fui cair na exposição Andy Warhol – Mr. América por acaso. Não pretendia ir à exposição naquele dia, tampouco imaginava, quando tomei essa decisão de última hora, que seria tão importante para mim entrar na galeria da estação Pinacoteca naquele momento.
Andy Warhol é um artista contemporâneo por excelência, sobretudo um artista de vanguarda na essência da palavra (do francês avant-garde, algo que se pronuncia antes do que vai acontecer). A arte dele se constrói à partir da sociedade de consumo, refletindo o que ela produz, consome e descarta – um grande paradoxo, portanto, entre lixo e luxo, nos levando a pensar se essa ponte que nasce entre um outro, em qualquer instância, desde suas extremidades até seu meio, não sejam passiveis de se tornarem arte. “O que é arte?” já era uma questão levantada por Marcel Duchamp quando criou sua obra mais conhecida, “A fonte”. Esses dias, lendo uma matéria na revista Carta Capital, descubro que existe não só uma, mas uma série de “fontes” legalizadas por Duchamp. Ou seja: um artista cria sua obra e, por ser uma obra de fácil execução, ela se torna passível de ser realizada por outros. Arte sendo produzida em série: nada mais industrial, capitalista, midiático e globalizado que isso. Warhol prevê essas coisas – aliás, não prevê porque na década de 60, apesar da contracultura instaurada, a sociedade de consumo norte-americana já havia se desenhado nos moldes do American Way of life – mas ele consegue sentir que nesse processo gradativo em que essa sociedade evolui, as coisas iriam chegar aos índices do patético e do bizarro: “no futuro, todos terão seus 15 minutos de fama”.
Em alguns quadros como “Cadeira elétrica”, o choque se instaura pela primeira cena: uma sala vazia onde restava, inerte, uma cadeira elétrica recém usada (nota-se por suas amarras frouxas). Uma repetição dessa cena em outras cores, notadamente mais escuras e iguais (Warhol usava telas de serigrafia para constituir suas séries, tais como “Marilyn” e “Jackie”). Ao final da série, uma frase do próprio artista em que dizia que as coisas, após serem repetidas, perdem seu sentido. A morte inspirada pela cadeira elétrica, vai, aos poucos, se banalizando, até tornar-se um índice convencional na sociedade e virar uma notícia de jornal.
Notadamente, não simpatizo com Warhol por minhas questões ideológicas, afinal ele reafirma condições sociais que me desagradam sinceramente, e sobretudo faz parte delas. Warhol promovia festas apoteóticas em seu estúdio conhecido como The Factory, totalmente recoberto por papel laminado e objetos prateados, onde só compareciam a alta sociedade nova-iorquina dos anos 70 e 80. Ele se diz satisfeito com a eleição do presidente Kennedy, em uma frase registrada numa das paredes da exposição, por que é um presidente jovem e bonito. Em nenhum momento sua arte se volta para a população de massa – ela critica a sociedade urbano-industrial norte americana com ferocidade, mas é revertida à ela própria, que consome, assim como as sopas Campbell, seus quadros e suas fotografias, arrematados em leilões milionários.
Entretanto, essa desavença entre nossos modos de pensar, me faz sentir que ele é um artista necessariamente expressivo. Afinal, Warhol me deixou, nessa exposição, um rastro de compreensão, um ponto final em certas questões que eu havia anteriormente levantado: “Um artista é alguém que produz coisas de que as pessoas não têm necessidade, mas que ele - por qualquer razão - pensa que seria uma boa ideia dá-las a elas”, diz ele. Eu diria: a indústria, muitas vezes, também. Mas a arte é mais importante porque, comercial ou não, ela leva a uma reflexão.
Andy Warhol não só fez arte em diversos campos, passando pela pintura, partindo para a fotografia, cinema (em filmes famosos como o Blow-job, notadamente traduzido nas paredes da estação Pinacoteca como Boquete,) e produção de bandas (a exemplo do Velvet Underground), mas ele viveu essa arte que defendia intensamente. Queria ganhar dinheiro e ser famoso com ela, desde o princípio. Era firme em seus objetivos. Penso que até quando levou três tiros de Valeria Solana, em sua The Factory e estava à beira da morte, Warhol deve ter pensado: isso vai virar uma performance!
A exposição fica em cartaz na estação Pinacoteca, na praça da Luz, até o dia 23 de Maio

domingo, 16 de maio de 2010

Apresentação

Dois esclarecimentos, antes de tudo, o blog não tratara de carros, e nem de equipamentos sonoros.
A ideia do Auto & Falante é falar sobre tudo, mostrar nossas ideais sobre diversos assuntos que são comentados na midia, nas rodas de amigos.

Falando em amigos, juntamente comigo estarão escrevendo aqui no blog, dois grandes amigos meus:

Gabriel(Biló),meu amigo desde os tempos de ensino fundamental, estudante de audivisual(vulgo Cinema) o cara é realmente foda naquilo que ele faz, conhece filmes e musicas que não se sabe realmente onde sairam, mas ele sabe exatamente de onde veio, quando foi feito, e quais as reais inteções da produção!
Eu tenho a impressão de que ele vai querer falar mais sobre artes, mais não nos prenderemos a essas limitações!


Leonardo, rapaz de uma criatividade fora dos limites(a proposito, a ideia do nome, do blog, veio dele), sem duvidas aquele que tem a maior facilidade de escrever entre nós, extremamente politizado e um romântico incorrigivel. e tambem dono do prosadeobservatorio.blogspot.com

"Sem horas e sem dores
Respeitável público pagão"

Bem Vindos ao Auto & Falante!